segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pastor Gomes Silva renúncia o pastoreio e a presidência da diretoria da IPIP

O pastor e jornalista Gomes Silva não é mais o dirigente da Igreja Batista Independente em Parnaíba nem presidente da Diretoria.

Ele renunciou aos dois cargos depois de concluir que "forças ocultas" estavam interferindo em seu trabalho e a diretoria não estar lhe apoiando. Pelo contário, estava prejudicando.

Ele lembrou que muita coisa aconteceu, porém continua firme com o propósito de soerguer cada vez mais aquela igreja em Parnaíba. Contudo, seus trabalhos não receberam o devido apoio de parte da igreja, principalmente da diretoria, onde 90% dos membros eram contrários a sua administração, por não ser igual ou contrariar a anterior.

Disse o pastor Gomes Silva implantou um tipo de evangelismo no bairro Piauí, onde fez o cadastro de 254 família com as quais estava tabalhando através de cartas (80 por semana), moto-som e distribuição de folhetos todas as semanas, mas membros da diretoria mandou parar esse trabalho, que já tinha dado excelentes frutos. Além disso, ele tentou implantar um grupo de gestos, que contava com 14 jovens (7 homens e 7 mulheres). Todavia, os homens - sem explicação -, desistiram.

Só que, a gestão anterior não permitia grupo de gestos. E certamente houve interferência nas decisões. Ele tentou ainda implantar um trabalho de edificação dos obreiros com reunião uma vez por semana através de um rodízio. Mas após a primeira reunião, um obreiros afirmou que aquele trabalho daria certo em Parnaíba e boa parte dos demais "foram" com ele. E, infelzimente, a idéia foi de água abaixo.

Mais tarde, lembra o pastor Gomes, tentou implantar palestras para casais, mas nem os obreiros participaram da primeira. Poucos casais resolveram ir a palestra. Tentou dá uma estrutura de igreja a Igreja Batista Independente, antes uma congregação da Igreja Batista Expansão, em Brasília, inclusive emancipando-a conforme orientação da CIBINE, mas encontrou barreiras para concluir o trabalho.

Mas apesar de tudo, o pastor Gomes Silva agradece a Igreja Batista Independente pelo que aprendeu naquele campo; e àqueles membros que sempre estiveram ao seu lado, ajudando na evangelização, em aconselhamento etc. Disse que saiu em paz, com a consciência tranquilo e do dever cumprido até o permito por alguns.

Contudo, agradece aos pastores da cidade que, durente reunião da UEIP, reconheceram seu trabalho em Parnaíba e lamentaram profundamente o que dizeram com ele.

Veja o que disseram os pastores de Parnaíba

CIDADE
Parnaíba, segundo o pastor Gomes Silva, é uma excelente cidade, de um povo pacado (com raríssimas exceções - rs), amigo, com especial atenção aos habitantes dos bairros Joaz Souza, onde ele pretendia abrir uma Congregação para a qual já tinha várias pessoas, e o Piauí, onde já tinha uma congregação da Igreja Batista Independente e várias vidas haviam se entregado a Cristo, a exempo da senhora Ana Paula e de dona Benedita.

No bairro Joaz Souza, o pastor Gomes e sua família vinha trabalhando com muita dedicação no evangelismo. Conseguiram, através da palavra de Deus, tirar pessoas do vício da bebida e ganhando-as para Cristo, além de evangelizar coroinhas (Igreja Católica), sendo que um já havia se convertido ao evagelho, o jovem Thiago, que fora batizando recentemente.

CIBINE
O pastor Gomes Silva estar grato à CIBINE pela postura do presidente, o pastor Herbert, que fez todo o esforço no sentido para levá-lo (juntamente com a família) para Campina Grande, onde são radicados.

- Sei das dificuldades por que passa a CIBINE, porém todo esforço fora feito para voltássemos para Campina Grande -, reconhece o pastor Gomes Silva.

Ele disse que no momento não está dirigindo nenhuma igreja. Apenas à disposição da CIBINE e das igreja da obra. Além de pregar em várias igrejas e participar de conferência como preletor.

Sonho ou Pesadelo?

Pr. Ricardo Gondim

Já era tarde quando deitei-me, exausto. O silêncio da madrugada fria convidava-me para um sono profundo. Sonhei a noite inteira.

Sonhei que estava em um culto com o auditório lotado. A reunião iniciou-se com uma oração muito mecânica. Em seguida, apresentou-se um grupo musical gospel. Nos primeiros acordes, notei que faltava talento e sobravam decibéis. A letra era paupérrima, toda a música concentrava- se em repetir o refrão. A multidão gritava e agitava-se num frenesi alucinante. O líder do culto levantou-se e ensinou às pessoas uma coreografia que, segundo ele, derrotaria o diabo. Todos, como se estivessem com espadas na mão, passaram a encenar uma batalha de esgrima.

O pregador da noite começou a falar e, por cerca de cinqüenta minutos discorreu sobre assuntos diversos sem, contudo, conduzir uma linha de raciocínio. Parecia que não havia se preparado. Falava, falava, deixando que suas divagações o conduzissem a um próximo pensamento que não tinha nada a ver com o anterior.

De repente, para minha surpresa, vi ao meu lado, participando do culto, quatro personagens históricos: Martinho Lutero, João Calvino, João Wesley e Gunnar Vingren. Todos mostravam-se inquietos. O clima era desconfortável.

Lutero mostrava-se indignado pelo que parecia ser um retorno à Igreja Medieval dos amuletos e relíquias. Queria saber o que acontecera aos evangélicos para estarem novamente acreditando que sal grosso afasta mau-olhado, que copo d'água traz bênçãos.

Expliquei-lhe que a igreja brasileira está inserida em uma cultura muito mística. Lutero, porém, veementemente mostrou-me que a Palavra deveria ser suficiente para produzir fé.

Calvino interveio em nossa conversa. Ele também estava revoltado. Sua maior preocupação era entender o porquê de tanto descaso com a Bíblia. Os reformadores, segundo ele, lutaram muito para que as pessoas aprendessem que a melhor maneira de cultuar a Deus é conhecendo e vivendo os princípios eternos de Deus.

Wesley encontrava-se aturdido. Ele disse que, por aquele culto, percebia haver muitos chavões, mas pouco compromisso ético na igreja. Por duas vezes, perguntou-me: "Será possível conduzir a obra de Deus apenas prometendo triunfo, sem jamais questionar a vocação profética da igreja?". Tentei explicar novamente, mas eu mesmo estava envergonhado e minha explicação foi vã.
Gunnar Vingren (fundador da Assembléia de Deus) não aceitava que todo o sacrifício dos pioneiros do movimento pentecostal desmoronasse em uma teologia tão imediatista. Ele me disse que não havia Pentecostes sem a cruz.

Encontrava-me rodeado por uma grande nuvem de testemunhas e todos tinham o semblante preocupado. Comecei a suar. E, felizmente, acordei.

Sem conseguir dormir de novo, ainda em minha cama, orei. Em minha prece, pedi a Deus que levante no Brasil um povo comprometido em ter apenas a Bíblia como regra de fé e prática. Supliquei a Deus que nos faça uma igreja solidária com os miseráveis, profética na defesa dos indignos e misericordiosa com os pecadores.

Enviado por Márcio Melânia